segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

roMAGNOlo

Para os apreciadores das obras de Sérgio Romagnolo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

danÇA PAra idOSOs

PROPOSTAS DE ATIVIDADES EM DANÇA
para idosos
uma homenagem à mestra renée gumiel

(RE)CONHECENDO OS MOVIMENTOS

Material necessário: Aparelho de som.
Foco: Reconhecimento da relação entre corpo e espaço, criação de movimentos estimulados por diferentes músicas e ritmos.
Descrição: Num ambiente com música, solicita-se que o grupo ande pelo espaço aleatoriamente observando tudo que está a sua volta (os objetos, parede, portas, etc), estabelecendo também uma relação com as pessoas que compartilham este mesmo lugar, olhando em seus olhos e transmitindo através do olhar “uma mensagem ou sentimento” (sem falar).
Após esta fase orienta-se o grupo (ainda caminhando) a ouvir a música e prestar atenção nas variáveis (dos sons, ritmos, etc), passados poucos minutos, orienta-se ao grupo a parar de andar e na posição em que pararem, lentamente comecem a “desenhar” esta música com o corpo (como se os movimentos pudessem traduzir o que a música está comunicando).
O desdobramento desta atividade se dará com a formação de duplas, no qual integra-se seus movimentos ao do colega, formando uma só música, aumentando aos poucos as formações em trios, sextetos, até formar um grande grupo, interagindo entre eles, no “desenho” de uma só música.

Orientações:
Música – A escolha das músicas é fundamental para o processo deste jogo, recomendam-se músicas instrumentais ou clássicas, para que atenção do idoso não se prenda à letra e sim ao estímulo do processo criativo e da sensibilidade.
Utilização dos planos – É muito importante também o incentivo para que os idosos utilizem movimentos nos diferentes planos (conforme suas condições físicas e motoras), o rompimento com a racionalização, permitindo que este possa ser conduzido ao processo de criação e uma vivência/ experimentação intensa (não há certo ou errado nas linguagens da arte).

Planos: Alto – em pé ou nas pontas do pé, Médio – com joelhos flexionados, de joelhos ou curvado, Baixo – no chão, deitado.
Concentração: Orienta-se ao grupo de idosos que estejam concentrados na atividade e fiquem atentos às instruções sem “quebrar” o jogo.
Contextualização: Para o fechamento deste jogo, é muito importante a contextualização da atividade, ou seja, que o grupo saiba qual objetivo destas ações e que possam colocar também suas experiências oriundas do jogo. Além da fundamentação gerontológica, que pode partir do contexto dos pilares do “Envelhecimento Ativo” – Saúde, Participação e Segurança (OMS-2005) ou Estatuto do Idoso – as conquistas dos direitos através da união dos idosos ligados pelo mesmo objetivo, a promoção de uma melhor qualidade de vida e a garantia do pleno exercício da cidadania.



EXPRESSÃO CORPORAL COM OBJETOS

Material: bola de borracha e aparelho de som.
Foco: Estimular a concentração e criação de movimentos em expressão corporal através de objetos.
Descrição: Em círculo pedir para que o grupo se observe, concentrando o olhar nos olhos dos demais colegas. Após alguns minutos, apresentar uma bola de borracha ao grupo e orientar o jogo, ou seja, cada participante jogará a bola ao colega sem comunicar verbalmente, apenas olhando para o outro e passando a bola sem deixá-la cair ao chão. Com a participação de todos idosos, ainda em círculo, coloca-se uma música e orienta-se que o grupo passe a bola no ritmo da música, criando uma nova forma de entregar à bola ao colega, podendo-se utilizar as variáveis de planos e formas de andar.
Para o desdobramento desta atividade, o grupo passa a bola andando pelo espaço aleatoriamente, utilizando-se de expressões corporais em variáveis de planos, criação de personagens ou apenas no “desenho corporal” da música.
Orientações:
Jogar a Bola: Orientar o grupo que ao passar a bola para o colega, relacionar o objeto como se este fosse algo muito valioso, para que o receptor possa tratá-lo também com carinho e cuidado.
Objetos: além da bola pode incluir outros objetos durante o andar aleatório, para estimular a criação nos idosos.
Música: A escolha das músicas é fundamental para o processo deste jogo, recomendam-se músicas instrumentais ou clássicas, para que atenção do idoso não se prenda à letra e sim ao estímulo do processo criativo e da sensibilidade.
Contextualização: A troca de experiências durante este processo é fundamental para o fechamento desta atividade, assim como a correlação existente no Capítulo II do Estatuto do Idoso – Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade.

O haPPENIng dE kaPROW


Allan Kaprow (1927-2006) foi um dos primeiros artistas a atuar em happening’s no final da década de 50, influenciado pelas obras e idealizações de Pollock.


Kaprow foi um dos artistas pioneiros que influenciaram a arte contemporânea, com uso de materiais do cotidiano e a criação Happening’s - acontecimentos que levam o púbico à reflexão e vivência de momentos diferenciados e inusitados. Diferente de pinturas, esculturas e colagens, o happening não é uma arte comercial, no qual alguém possa comprá-lo e levá-lo para casa. É um acontecimento imediato, uma vivência única em lugares diversificados.


Para o artista, o happening também se torna um desafio, pois é a arte que impulsiona a exploração do espaço e o questionamento dos limites artísticos que condicionam obra e a criação.

Seu primeiro happening “18 Happening’s em 6 Partes” aconteceu em 04 de outubro de 1959 na galeria New Yorker Reuben Gallery. Três pequenas salas tinham sido criadas com paredes feitas de um quadro de madeira coberto com plástico semi-transparente. Em cada quarto, havia algumas cadeiras e uma iluminação diferenciada.

Assim que os convidados entravam na sala, recebiam um programa e três pequenos cartões grampeados. O programa explicava as instruções contidas com o desenvolvimento da ação dividido em seis partes, retratada pelo toque de um sino.

Consistiu o desempenho individual de uma série de 18 acontecimentos - em cada sala, em seis partes - para que as pessoas não fosse capazes de ver todos os acontecimentos.

O happening foi variado havendo trocas entre intérpretes; em um deles, um homem caminhava lentamente para um quarto e realizou uma série de movimentos rígidos coreografados.



Em outras partes, laranjas foram esmagadas solenemente por uma garota, outra consistia de um homem pintando uma tela, em frente ao público. Todas as performances foram acompanhadas por música em intervalos e iluminação que sofriam várias alterações.


Kaprow utilizou em sua obra a exploração dos sentidos: tato, olfato, paladar, audição e visão, uma forma de permitir a vivência e a interação completa entre seu público e sua obra.

Kaprow também idealizou o “Happening da Primavera”, no qual o público andava em um túnel escuro aos sons de latas sendo esmagadas. No transcorrer da caminhada, podiam observar homens lutando e uma menina nua. O artista idealizou esta ação estimulando a sensibilidade do público para representar alguém em pesadelos.
Happening da Primavera