sábado, 23 de julho de 2011

aDEUS AMy



A música contemporânea perdeu um grande ícone, uma voz que passou rápido, mas permanecerá na história!


sábado, 16 de julho de 2011

roDRIgo brAGA

A ousadia contida nas obras de Rodrigo Braga é que torna esta, uma arte interessante e reflexiva.




Artista nascido em Manaus e radicado Pernambucano, dedica sua arte à fotografia e todas as possíveis manipulações deste material para provocar a reflexão de temas que são pertinentes na contemporaneidade.








Mais força que o necessário, Série - 2010





Comunhão, Série - 2006










Risco de Desassossego, Série - 2004






terça-feira, 12 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

duCHAMP

Fonte (1917)



* fotos de Diego Miguel²


MAM 2008




Roda de Bicicleta (1913)







"Pode alguém fazer obras que não seja 'de arte'?"


Marcel Duchamp - 1913




acQUArelas

*obras de Diego Miguel²

Série de pintura aquarelada realizada no primeiro semestre de 2011, baseadas em obras dos consagrados artistas: Constable, Turner, Monet e Cezanne.
































a arTE E O MEio ambiENTE

Considerando a relevância da aplicação de temas transversais nas atividades propostas em grupos de idosos, segue abaixo uma proposta do projeto de esculturas contemporâneas desenvolvido em um serviço de referência de cidadania da pessoa idosa no ano de 2007 na cidade de São Paulo.

MUNICÍPIO: São Paulo
PÚBLICO: Idosos
PROJETO: OFICINA DE ESCULTURAS CONTEMPORÂNEAS
AUTOR: Diego Miguel


CONTEÚDOS GERAIS EM ARTE VISUAIS:
• Conhecimento básico da História da Arte/ Esculturas - do clássico ao contemporâneo.
• Apreciação das obras de artistas relevantes no cenário contemporâneo.
• Produção de papel maché.
• Experimentação da técnica de modelagem em papel maché.
• Utilização de materiais bastardos e recicláveis na criação de esculturas.
• Valorização da criação pessoal e coletiva.

CONTEÚDOS GERAIS PARA O MEIO AMBIENTE – TEMA TRANSVERSAL
• Identificação dos principais problemas ambientais causados pela poluição.
• Verificação das ações locais para a preservação do meio.
• Prática de ações conscientes.


ATIVIDADE 01

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
VÍDEO: Uma Verdade Inconveniente
An Inconvenient Truth, 2006, Dir.: Davis Guggenheim
OBJETIVOS:
• Refletir sobre os problemas ambientais atuais e sua progressão.
• Refletir sobre ações possíveis de preservação do meio ambiente.
• Conhecer a importância da reciclagem para a regularização das ações climáticas.

DESENVOLVIMENTO:
Apresentação de trechos do documentário “Uma Verdade Inconveniente” e discussão dos temas abordados:
- Atuais alterações ambientais (clima, poluição, água).
- Prática dos 3 R’s: Redução de Consumo, Reaproveitamento e Reciclagem.
- Durabilidade dos materiais inorgânicos.
- Ações cotidianas que fazem a diferença na preservação do meio.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Texto de apoio, TV e Aparelho de DVD.

ATIVIDADE 02

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
APRESENTAÇÃO DE SLIDES: História da Arte - do Renascimento à Contemporaneidade
OBJETIVOS:
• Apresentar a trajetória da arte em seus diferentes movimentos.
• Apreciação de Obras Artísticas.
• Conhecer o universo da arte contemporânea e seus conceitos.
DESENVOLVIMENTO:
Será apresentado ao grupo slides sobre os principais movimentos artísticos em sua diversidade técnica, do Renascimento ao Contemporâneo, proporcionando momentos para leitura de obras.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Texto de apoio e Datashow.

ATIVIDADE 03

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
EXPERIMENTAÇÃO COM PAPEL MACHÉ
OBJETIVOS:
• Apresentar a técnica de papel maché.
• Experimentação técnica.
DESENVOLVIMENTO:
Será apresentado aos alunos como fazer o papel maché, e a aplicação de diferentes tipos de papéis (reciclagem) para a possibilidade de texturas diversificadas. Todos alunos farão suas massas e experimentarão livremente formas figurativas ou abstratas, assim como texturas diversificadas, para a criação de uma escultura.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Papéis de diferentes texturas (jornal, revista, folhas de caderno, sulfite), cola branca, cola caseira, farinha de trigo, liquidificador, peneira, palitos de sorvete.

ATIVIDADE 04

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
PROJETO DE ESCULTURA COM MATERIAIS BASTARDOS/ RECICLADOS
OBJETIVOS:
• Criar um projeto de escultura.
• Explorar conceitos da arte contemporânea, tais como: equilíbrio, texturas, contrastes, formas.
DESENVOLVIMENTO:
Cada aluno deverá fazer um desenho de uma escultura que gostaria de criar tridimensionalmente. Considerando os conceitos da arte contemporânea e da valorização do processo criativo. Nesta atividade, deve-se levar referências de esculturas contemporâneas para facilitar a inspiração da criação.
Após a criação dos desenhos, os alunos deverão pesquisar materiais bastardos ou reciclados, utilizados cotidianamente, que pudessem compor o “esqueleto” de sua escultura, contribuindo com sua forma e seu volume (tridimensionaliade).
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Papel sulfite, lápis, borracha e imagens de referências.

ATIVIDADE 05

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
MONTAGEM DO PROJETO
OBJETIVOS:
• Estimular o reaproveitamento de materiais bastardos e recicláveis.
• Criação do conhecimento técnico na composição da forma e equilibrio.
DESENVOLVIMENTO:
Cada aluno deverá montar através da “junção” de diferentes materiais inorgânicos (recicláveis) o “esqueleto” de suas esculturas, baseando-se no desenho da aula anterior, considerando suas formas e equilíbrio.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Materiais inorgânicos diversos (levados pelos alunos, conforme a pesquisa da aula anterior), fita crepe, arame e durex.

ATIVIDADE 06

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
ESCULTURAS EM PAPEL MACHÉ
OBJETIVOS:
• Explorar a modelagem para aperfeiçoar as formas sugeridas no “esqueleto da escultura” - junção dos materiais utilizados.
DESENVOLVIMENTO:
Cada aluno deverá fazer o papel maché, conforme orientado e vivenciado na aula 03, e cobrir a superfície de sua escultura, modelando-a conforme seu projeto inicial (desenho), fazendo que as formas do “esqueleto” montado pela junção dos materiais inorgânicos estejam agregadas aos outros materiais. É importante nesta fase, a orientação individual do professor à cada projeto, para que sejam exploradas as diferentes texturas e formas.
É importante que as peças revestidas fiquem em lugar arejado e iluminado, para inibir a presença de fungos no processo de secagem.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Os mesmos da aula 03 e 05.

ATIVIDADE 07

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
ACABAMENTO E PINTURA
OBJETIVOS:
• Pintar as esculturas, explorando as cores e contrastes.
DESENVOLVIMENTO:
Os alunos poderão pintar suas esculturas considerando as cores e contrastes (conforme aprendido anteriormente nas aulas de pintura), considerando ainda as cores utilizadas nas obras contemporâneas que inspiraram sua criação.
Também poderão utilizar verniz para manter a originalidade das cores obtidas pela mesclagem dos papéis utilizados.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Cola branca, pigmentos coloridos, verniz, pincéis e esponjas.

ATIVIDADE 08

TEMPO DE OFICINA: 02 horas semanais
MONTAGEM DE EXPOSIÇÃO E DEBATE
OBJETIVOS:
• Mensurar junto ao grupo, as ações realizadas durante a oficina: Meio Ambiente e Escultura.
• Contribuir com a socialização destas experiências.
• Promover um debate sobre as ações sustentáveis que cotidianamente podemos adotar em benefícios do meio ambiente.
DESENVOLVIMENTO:
Será montada uma exposição dos trabalhos realizados e haverá a mediação de um debate sobre toda experiência obtida nos encontros, do olhar técnico proposto pela modelagem artística ao olhar ambiental, das ações cotidianas que podem contribuir com a diminuição do lixo inorgânico.



REGISTRO REFLEXIVO

A Arte Contemporânea, dentro de sua complexidade e subjetividade, propõe ao artista a valorização do empírico, do processo criativo, trabalhando com a desconstrução dos conceitos estéticos tradicionais, e ao mesmo tempo, utilizando-os na busca de uma nova experimentação.

A proposta da Oficina de Esculturas Contemporâneas, para o grupo de idosos, tem o objetivo de aproximar este público dos novos conceitos artísticos, pois na maioria das vezes, estes são preenchidos por pré-conceitos tradicionais, distanciando-os da contemporaneidade.

O Papel Maché, enquanto técnica utilizada, propõe a criação de um elo com o tema transversal trabalhado, considerando os atuais danos ambientais causados pelo uso indevido dos recursos naturais e pelo descompensado descarte de lixo inorgânico em nossa sociedade, o que contribui com o aumento da poluição, e no seu acúmulo, os desastres ambientais enfrentados atualmente.

A apropriação dos conceitos artísticos e dos meios de preservação do meio ambiente contribuiu de forma eficaz para esta vivência com idosos, quebrando os paradigmas tradicionais e criando uma nova possibilidade de criação artística conceituada na sustentabilidade planeta, como defendido por vários artistas contemporâneos, mencionados no segundo encontro.

A criação das estruturas, “esqueletos” das esculturas, permitiu a observação das formas e volumes que compõem as embalagens (de plástico, papelão, vidro, etc) e na junção destes para a composição de uma única peça.

Esta foi a maior dificuldade encontrada pelo grupo, pois a desconstrução da funcionalidade destas embalagens, visando a construção de um novo olhar para as formas que estas constituem, agregando-as, foi o desafio à criatividade e a percepção de todos.

Apesar do passo a passo para a execução desta atividade, cada aluno possui seu próprio ritmo.

É importante que o orientador tenha esta percepção e possa estimular a cooperação no grupo, no qual cada um possa ajudar e contribuir com a execução do trabalho do colega, considerando suas idéias e criatividade, algo que aconteceu espontaneamente neste grupo, considerando o tempo que já se conheciam.

Na fase de acabamento das esculturas, no processo de modelagem com o papel maché, todos alunos perceberam as diferenças em aderência, conforme a superfície aplicada, principalmente no alumínio e vidro, o que possibilitou a busca de novas alternativas para que a superfície se tornasse receptiva à massa, algo que relacionaram com a alta durabilidade deste material quando jogado ao meio ambiente (alumínios e vidros são mais resistentes ao tempo).

No debate final foram lembrados cada encontro, e relatados como se deram estas experiências.
Segundo a Sra. M.A., 71 anos, ela não consegue mais jogar uma garrafa pet no lixo, suas formas arredondadas contribuem para lindas formas de mulheres com longos vestidos.

Já o Sr. J.C., 62 anos, prefere explorar os materiais encontrados em caçambas e lixos de construções, diz ainda que as pernas de mesas, muitas vezes encontradas nas ruas, podem ser reestruturadas com o papel maché e formarem formas geométricas como as obras de artistas da

Bauhaus.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

kraJCBERg



GUARDIÃO DA FLORESTA

por Maria Hirszman - O Estado de S.Paulo


Com uma vitalidade impressionante para quem acaba de completar 90 anos, Frans Krajcberg desembarcou em São Paulo no fim de semana para montar sua terceira exposição individual do ano. Depois da grande mostra no Museu Rodin, em Salvador (em cartaz até dia 17), e de evento similar organizado pelo museu da Fundação Yves Rocher na Bretanha (França) é a vez de o Museu Afro Brasil realizar uma dupla celebração, comemorando simultaneamente o aniversário de um dos mais importantes escultores brasileiros do século 20 e o Ano Internacional das Florestas, iniciativa comandada pela ONU.


Trata-se de mostra enxuta, mas que consegue sintetizar o teor combativo e a força visual das criações desenvolvidas pelo artista há décadas em torno das queimadas, do descaso com as florestas, da incapacidade da sociedade de proteger seu patrimônio natural e humano.


Mais do que comemorar o aniversário ou revelar seu vigor criativo, a intensa agenda de exposições tem um objetivo claro: dar continuidade a uma estratégia aguerrida de denúncia e combate aos crescentes e reiterados abusos contra o meio ambiente. "Aqui vai se ver o fogo das árvores", afirma Krajcberg, que acaba de ser homenageado também com o 6.º Grande Prêmio de Enku, concedido pela prefeitura de Gifu, no Japão. A entrega está prevista para o dia 10 de fevereiro, quando terá início uma exposição das obras dos premiados.


Sem interesse em falar sobre sua obra do ponto de vista estético ou artístico, Krajcberg centra fogo sobre aquele que é seu principal foco de indignação e protesto nas últimas semanas: a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto do Código Florestal. E anuncia em primeira mão que está envolvido com a organização de um tribunal internacional contra o Brasil pelos crimes cometidos contra os índios e a Amazônia, a ser instaurado provavelmente no próximo ano. "A ONU está celebrando o Ano Internacional das Florestas enquanto o Brasil é campeão de desflorestamento. É revoltante a aprovação de um projeto como esse e houve uma forte reação da comunidade internacional, mas aqui no Brasil nem se falou da imagem negativa que isso gerou", afirmou ele, alertando que os protestos estão apenas por começar. "Por que o Brasil ignorou o Ano Internacional da Árvore, por que os deputados votaram para destruí-las?", pergunta ele em meio ao conjunto impactante de fotografias de queimadas que realizou nos últimos anos no Norte e Nordeste.


Além das fotografias e backlights com imagens da queima da natureza - aquela que Krajcberg considera responsável pelo seu renascimento, depois das trágicas experiências que vivencia na Europa durante a Segunda Guerra -, a mostra também reúne relevos construídos com destroços de madeira, troncos retorcidos e destroçados que o artista resgata e transforma em elemento plástico de grande impacto visual; uma seleção de quatro documentários feitos sobre a sua vida e obra por cineastas como Walter Salles Jr. e Stéphane Bohi, e duas esculturas de grande porte. Uma delas jamais foi exposta.


Realizada para a frente do espaço Frans Krajcberg que seria criado no Parque do Ibirapuera pela Prefeitura de São Paulo, a obra é como um brado, um desabafo da natureza. Lembra uma grande árvore repleta de gigantescos espinhos tingidos de vermelho. Passou anos empacotada à espera da decisão da Justiça, já que a iniciativa de criar o espaço enfrentou a resistência dos moradores do bairro. Apesar de a Prefeitura ter obtido ganho de causa até o momento, o projeto foi definitivamente arquivado.


"A lição de Curitiba já foi muito humilhante", desabafa ele se referindo ao descaso com que as 110 obras que doou à prefeitura da capital curitibana foram tratadas após a alternância de poder. Segundo ele, seus trabalhos estavam em péssimo estado de preservação e conservação e celebra que finalmente conseguiu da Justiça o direito de tê-las de volta, supostamente para restauro, mas dificilmente Krajcberg autorizará seu retorno.


A abertura de novos espaços de exposição, debate e conscientização parece ser um de seus grandes objetivos. Sempre que é indagado sobre o caráter plástico de sua produção, ele desconversa, demonstrando que cada vez mais considera arte e vida como algo totalmente amalgamados. "Só o que é ecológico me interessa", desabafa ele que está em negociações com o Museu Guggenheim/NY, em torno de um novo espaço para divulgar sua obra já que, infelizmente, as iniciativas no Brasil têm se mostrado inviáveis.


Todos os planos, com exceção do da Bahia, enfrentam problemas. A opção por projetos locais - que se somariam ao museu que já leva seu nome na capital francesa - se deve a motivos óbvios. Não bastasse o fato de o Brasil bater tristes recordes de devastação ambiental e "esquecer que nessas florestas vive um povo, o indígena", foi graças à natureza brasileira que Krajcberg diz ter nascido uma segunda vez. "A natureza soube me dar a força e me deu o prazer de sentir, pensar, trabalhar e sobreviver."


Quando o artista desembarca por aqui, em 1948, já havia enfrentado os horrores da Segunda Guerra, visto sua família ser dizimada pelos nazistas e via com olhos extremamente críticos os rumos da dita civilização europeia. Veio parar por aqui ao acaso, por intermédio de um amigo que lhe foi apresentado por Marc Chagall. Desembarca em meio a uma grande efervescência cultural, participa da 1.ª Bienal de SP, convive com importantes artistas locais, como Sergio Camargo e Volpi. Mas é do contato com a natureza, a paisagem, a matéria orgânica que extrai energia e inspiração, seja nas florestas paranaenses, na Amazônia, nas montanhas de Minas Gerais ou nos mangues baianos.


QUEM É FRANS KRAJCBERG?


ARTISTA PLÁSTICO

Nascido na Polônia (1921), estudou artes e engenharia e mudou para o Brasil em 1948. Mantém desde os anos 1960 um sítio e ateliê em Nova Viçosa (BA) onde está sendo construído um espaço dedicado a sua obra e coleção.

SERVIÇO:

FRANS KRAJCBERG
Museu Afro Brasil

Av. P. Alvares Cabral, s/nº, Pq. do Ibirapuera,

fONE: 3320-8900. 10h/17h (fecha 2ª).

Grátis. Até 6/11.


07 de julho de 2011 0h 00

Maria Hirszman - O Estado de S.Paulo