PROPOSTAS DE ATIVIDADES EM DANÇA
para idosos
uma homenagem à mestra renée gumiel
(RE)CONHECENDO OS MOVIMENTOS
Material necessário: Aparelho de som.
Foco: Reconhecimento da relação entre corpo e espaço, criação de movimentos estimulados por diferentes músicas e ritmos.
Descrição: Num ambiente com música, solicita-se que o grupo ande pelo espaço aleatoriamente observando tudo que está a sua volta (os objetos, parede, portas, etc), estabelecendo também uma relação com as pessoas que compartilham este mesmo lugar, olhando em seus olhos e transmitindo através do olhar “uma mensagem ou sentimento” (sem falar).
Após esta fase orienta-se o grupo (ainda caminhando) a ouvir a música e prestar atenção nas variáveis (dos sons, ritmos, etc), passados poucos minutos, orienta-se ao grupo a parar de andar e na posição em que pararem, lentamente comecem a “desenhar” esta música com o corpo (como se os movimentos pudessem traduzir o que a música está comunicando).
O desdobramento desta atividade se dará com a formação de duplas, no qual integra-se seus movimentos ao do colega, formando uma só música, aumentando aos poucos as formações em trios, sextetos, até formar um grande grupo, interagindo entre eles, no “desenho” de uma só música.
Orientações:
Música – A escolha das músicas é fundamental para o processo deste jogo, recomendam-se músicas instrumentais ou clássicas, para que atenção do idoso não se prenda à letra e sim ao estímulo do processo criativo e da sensibilidade.
Utilização dos planos – É muito importante também o incentivo para que os idosos utilizem movimentos nos diferentes planos (conforme suas condições físicas e motoras), o rompimento com a racionalização, permitindo que este possa ser conduzido ao processo de criação e uma vivência/ experimentação intensa (não há certo ou errado nas linguagens da arte).
Planos: Alto – em pé ou nas pontas do pé, Médio – com joelhos flexionados, de joelhos ou curvado, Baixo – no chão, deitado.
Concentração: Orienta-se ao grupo de idosos que estejam concentrados na atividade e fiquem atentos às instruções sem “quebrar” o jogo.
Contextualização: Para o fechamento deste jogo, é muito importante a contextualização da atividade, ou seja, que o grupo saiba qual objetivo destas ações e que possam colocar também suas experiências oriundas do jogo. Além da fundamentação gerontológica, que pode partir do contexto dos pilares do “Envelhecimento Ativo” – Saúde, Participação e Segurança (OMS-2005) ou Estatuto do Idoso – as conquistas dos direitos através da união dos idosos ligados pelo mesmo objetivo, a promoção de uma melhor qualidade de vida e a garantia do pleno exercício da cidadania.
EXPRESSÃO CORPORAL COM OBJETOS
Material: bola de borracha e aparelho de som.
Foco: Estimular a concentração e criação de movimentos em expressão corporal através de objetos.
Descrição: Em círculo pedir para que o grupo se observe, concentrando o olhar nos olhos dos demais colegas. Após alguns minutos, apresentar uma bola de borracha ao grupo e orientar o jogo, ou seja, cada participante jogará a bola ao colega sem comunicar verbalmente, apenas olhando para o outro e passando a bola sem deixá-la cair ao chão. Com a participação de todos idosos, ainda em círculo, coloca-se uma música e orienta-se que o grupo passe a bola no ritmo da música, criando uma nova forma de entregar à bola ao colega, podendo-se utilizar as variáveis de planos e formas de andar.
Para o desdobramento desta atividade, o grupo passa a bola andando pelo espaço aleatoriamente, utilizando-se de expressões corporais em variáveis de planos, criação de personagens ou apenas no “desenho corporal” da música.
Orientações:
Jogar a Bola: Orientar o grupo que ao passar a bola para o colega, relacionar o objeto como se este fosse algo muito valioso, para que o receptor possa tratá-lo também com carinho e cuidado.
Objetos: além da bola pode incluir outros objetos durante o andar aleatório, para estimular a criação nos idosos.
Música: A escolha das músicas é fundamental para o processo deste jogo, recomendam-se músicas instrumentais ou clássicas, para que atenção do idoso não se prenda à letra e sim ao estímulo do processo criativo e da sensibilidade.
Contextualização: A troca de experiências durante este processo é fundamental para o fechamento desta atividade, assim como a correlação existente no Capítulo II do Estatuto do Idoso – Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade.
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