domingo, 30 de janeiro de 2011

O haPPENIng dE kaPROW


Allan Kaprow (1927-2006) foi um dos primeiros artistas a atuar em happening’s no final da década de 50, influenciado pelas obras e idealizações de Pollock.


Kaprow foi um dos artistas pioneiros que influenciaram a arte contemporânea, com uso de materiais do cotidiano e a criação Happening’s - acontecimentos que levam o púbico à reflexão e vivência de momentos diferenciados e inusitados. Diferente de pinturas, esculturas e colagens, o happening não é uma arte comercial, no qual alguém possa comprá-lo e levá-lo para casa. É um acontecimento imediato, uma vivência única em lugares diversificados.


Para o artista, o happening também se torna um desafio, pois é a arte que impulsiona a exploração do espaço e o questionamento dos limites artísticos que condicionam obra e a criação.

Seu primeiro happening “18 Happening’s em 6 Partes” aconteceu em 04 de outubro de 1959 na galeria New Yorker Reuben Gallery. Três pequenas salas tinham sido criadas com paredes feitas de um quadro de madeira coberto com plástico semi-transparente. Em cada quarto, havia algumas cadeiras e uma iluminação diferenciada.

Assim que os convidados entravam na sala, recebiam um programa e três pequenos cartões grampeados. O programa explicava as instruções contidas com o desenvolvimento da ação dividido em seis partes, retratada pelo toque de um sino.

Consistiu o desempenho individual de uma série de 18 acontecimentos - em cada sala, em seis partes - para que as pessoas não fosse capazes de ver todos os acontecimentos.

O happening foi variado havendo trocas entre intérpretes; em um deles, um homem caminhava lentamente para um quarto e realizou uma série de movimentos rígidos coreografados.



Em outras partes, laranjas foram esmagadas solenemente por uma garota, outra consistia de um homem pintando uma tela, em frente ao público. Todas as performances foram acompanhadas por música em intervalos e iluminação que sofriam várias alterações.


Kaprow utilizou em sua obra a exploração dos sentidos: tato, olfato, paladar, audição e visão, uma forma de permitir a vivência e a interação completa entre seu público e sua obra.

Kaprow também idealizou o “Happening da Primavera”, no qual o público andava em um túnel escuro aos sons de latas sendo esmagadas. No transcorrer da caminhada, podiam observar homens lutando e uma menina nua. O artista idealizou esta ação estimulando a sensibilidade do público para representar alguém em pesadelos.
Happening da Primavera

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