“Caminhava com dois amigos pelo passeio, o sol se punha, o céu se tornou repentinamente vermelho, eu me detive; cansado, apoiei-me na grade – sobre a cidade e o braço de mar azul-escuro via apenas sangue e línguas de fogo -, meus amigos continuaram a andar e eu permanecia preso no mesmo lugar, tremendo de medo – e sentia que uma gritaria infinita penetrava toda a natureza.”
A busca constante para transmitir o que tenho para falar, muitas vezes não calam minhas mãos, que insistem em produzir algo além da minha racionalidade. Se isso é arte? Não sei, prefiro que os outros julguem. Apenas sei que o objeto, desenho, escultura, pintura (ou que mais possa ser) é algo que ao meu interior pertence. A cada parte, rabisco, modelagem ou pincelada há minha energia, meu sentimento... é como se uma molécula minha ali ficasse aprisionada, fazem parte das minhas sensações materializadas. São momentos de um louco que insiste acreditar em si mesmo. Seja bem vindo.
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