quinta-feira, 18 de junho de 2009

UNs falaM DE VIDa

Na arte contemporânea o BELO não é uma das características imprescindíveis para julgarmos a qualidade da obra artística. Há um conjunto de "parâmetros" que devem ser considerados: da pesquisa do tema ao processo artístico - a experiência pessoal (do artista) sinestesicamente compartilhada com o público.
A quebra das barreiras e obstáculos, a experimentação diversificada de materiais e matérias, a pesquisa e a vivência permitem que o diálogo do artista com o público possam se aproximar de referenciais semelhantes, criando uma aproximação extraordinária das realidades, tornando viva a obra (seja esta matéria ou ação) e a vida.

Considerando a corrente que questiona 'quem é artista' e 'o que o torna artista', principalmente diante de algumas obras (como a citada na postagem posterior), tomamos a liberdade de ampliar este universo artístico, tranformando-o em ações que expressam e criam oportunidades de reflexões, inquietações e questionamentos, e o principal, pessoas que muito além da matéria promovem a vida, não falando da morte, mas valorizando e conscientizando a própria vida.


Marly Rodrigues e Marli são pessoas sensíveis, atuam como muitos artistas - por amor à causa, mesmo sem incentivos financeiros.

Sua arte é cuidar de cachorros de rua, zelar por sua saúde e muitas vezes na recuperação de doenças junto à especialistas, além de articularem junto a uma grande rede, novos lares para cada animalzinho com campanhas de adoção.

Os cachorros são levados para casa, onde são tratados e se habituam a conviver domesticamente. Após o período de recuperação (incluindo a vermifugação, vacinação e em alguns casos o castramento) começa a fase mais difícil, a de conscientização e sensibilização de famílias e a avaliação das mesmas para uma possível adoção responsável.

Se observarmos o processo que Habacuc utilizou na polêmica instalação e compararmos com o trabalho de pessoas como as 'Marli's' engajadas nesta imensa 'corrente' atuando pela mesma causa, a luta contra a hipocrisia das pessoas que não querem ver a realidade de muitos animais de rua, ou ainda, o sofrimento do próprio ser humano, podemos observar que ambos sensibilizam pessoas, um em sua arte valorizando a morte e o outro com um conjunto de ações que promovem a vida.

Cabe-nos saber nosso papel social diante dessas ações aqui descritas e de várias outras que se diversificam em suas temáticas.

Vale escolhermos e julgarmos o caminho que percorremos enquanto artistas/pessoas, se queremos valorizar a morte ou vida e qual destas ações podem contribuir com o modo de transmitir nossa mensagem, de forma que estas sejam claras e acessíveis a todos os públicos independente de sua cultura.

Alguns dos cachorros que estão com Marly Rodrigues aguardam pessoas sensíveis e conscientes para adoção.





Se você se interessou por alguns destes cachorros, querem conhecer outros cães disponíveis para adoção ou mais informações sobre este trabalho formidável, encaminhe um e-mail para:

marly_mr@ig.com.br

marlimor@uol.com.br

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