sexta-feira, 27 de novembro de 2009

ocupAÇÃO POr abraHAM PALATnik

Do dia 3 de dezembro a 10 de janeiro de 2010, o Itaú Cultural promove a quarta edição do projeto Ocupação, dedicada ao artista visual Abraham Palatnik. Com curadoria de Aracy Amaral, a mostra reúne trabalhos e pesquisas do artista na área de arte tecnológica, além de outras obras presentes em sua trajetória.
Abraham Palatnik nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 1928. Radicado no Rio de Janeiro, integrou o Grupo Frente, ao lado de Ivan Serpa, Ferreira Gullar, Mário Pedrosa, Franz Weissmann, Lygia Clark e outros. Internacionalmente considerado um dos pioneiros da arte cinética, o rigor matemático é uma constante no trabalho do artista.
A exposição faz parte do projeto Ocupação Itaú Cultural, que traz artistas referenciais em várias linguagens: artes visuais, literatura e teatro. No lançamento da exposição, o hotsite do projeto vai ao ar atualizado com o conteúdo do novo homenageado.
E aguarde: em fevereiro de 2010, a música e o legado do recifense Chico Science, criador do movimento mangue beat, ganham exposição com objetos que marcaram sua trajetória.

Objeto Cinético - 1990/99

Objeto Cinético - 1986


Comunicação Cinética - 1967


Aparelho Cinecromático - 1958


SERVIÇO:
Ocupação Abraham Palatnik
quinta 3 de dezembro de 2009 a domingo 10 de janeiro de 2010
terça a sexta 10h às 21h
sábado domingo feriado 10h às 19h
entrada franca


Veja conteúdo exclusivo sobre o artista em itaucultural.org.br/ocupação.

Itaú Cultural - Sala Itaú Cultural
Avenida Paulista 149 - Paraíso - São Paulo - SP
[próximo à estação Brigadeiro do metrô]
informações 11 2168 1777
atendimento@itaucultural.org.br

fonte - http://www.itaucultural.org.br

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

o AMOr não é criME, o PREconceito SIM!


O site do Senado Federal está realizando uma enquete sobre a PL 122/2006.


A pergunta é: “Você é a favor da aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra homossexuais?” e os internautas podem responder sim ou não.

Devido a necessidade de criminalizar a homofobia, o PLC 122/2006 torna crime expressar qualquer opinião DISCRIMINATÓRIA ao comportamento homossexual.
O projeto de lei prevê detenção de um a três anos para quem for condenado por injúria ou intimidação ao expressar um ponto de vista moral, filosófico ou psicológico contrário aos homossexuais.

O PL 122/2006 será votado pelos senadores, seguindo para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para se tornar lei.

PRECONCEITO É CRIME!

Precisamos lutar contra a exclusão, seja esta oriunda de concepções religiosas (hipócritas e egoístas) ou de ordem social (tradicionalista).

Participe e cumpra com seu papel de CIDADÃO! Vote para aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra homossexuais.
VAMOS DAR UM BASTA À VIOLÊNCIA!


Acesse: http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0



QUE O AMOR POSSA VENCER NO FINAL!

as CORes de edVARD MUNch

Munch (1863-1944) , artista norueguês que foi dos principais nomes do expressionismo europeu. Traduz em suas cores fortes uma temática de igual teor que atua na sensibilidade do espectador.


A arte seguindo o caminho oposto ao belo e à verossimilhança.


Puberdade (1894-95)




O beijo (1897)




Madona (1893-94)




Ciúme (1895)


O grito (1893)



Angústia (1894)



A dança da vida (1899-1900)



A voz (1893)

o foVISMO DE MAtisse

O fovismo foi um movimento artístico do século XX que buscou a liberdade pictórica através da ruptura dos conceitos tradicionais da arte acadêmica.
Segundo Louis Vauxcelles[1], o fovismo nasceu e floresceu de maneira improvisada e como por acaso, mais que um movimento, é um encontro de individualidades excepcionais que se percebem unidos por afinidades como os meios de expressão utilizados e a recusa de toda a convenção acadêmica.
E foi por acaso que Matisse, o líder do movimento fovista, teve seu primeiro contato com a criação artística.
Ele trabalhava em um escritório de advocacia e enquanto se recuperava de uma doença, abriu uma caixa de tintas que sua mãe havia entregue para sua distração e a partir destas primeiras pinturas despertou seu interesse para o estudo artístico.
Em 1891, aos vinte e dois anos de idade, foi para Paris e estudou na École des Arts Décoratifs (Escola de Artes Decorativas) e no ateliê de Gustave Moreau, onde conheceu outros jovens artistas como Camoin e Manguin, futuros fovistas.
Neste período as obras impressionistas ainda sofriam o desdém de grande parte da sociedade, muitos críticos não dissimulavam sua perplexidade diante das obras de Monet e Renoir, mas para os jovens estudantes como Matisse e seus companheiros, o impressionismo já era uma arte ultrapassada, o que serviu de inspiração a estes jovens para buscarem um estilo pictórico próprio, uma pintura pura, sujeita unicamente às leis instintivas das harmonias das cores na composição das obras.
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[1] Crítico de arte da revista francesa Gil Blas.

A insPIRAÇÃO de maTISSE

Moreau percebeu a tendência artística de Matisse e incentivou sua dedicação para aperfeiçoar seus meios de expressão pictórica, assim como os estudos das obras clássicas no Louvre, onde o artista passou grande parte do seu tempo estudando.
Após o período intenso de estudos, não demorou muito para sentir-se atraído pela intensidade das cores, principalmente depois da viagem que fez à Toulouse e Córsega, onde a luminosidade do mediterrâneo permitiu que sua sensibilidade artística atuasse nas paletas de cores quentes e intensas.
Matisse queria ter o domínio do uso das cores, do mínimo possível de meios para o máximo de resultados[1], com isso dedica-se ao estudo das obras de Cézanne.
Em 1899 comprou As Banhistas (Les Baigneuses/ Cézanne); estudando suas obras ele apreende que a cor pode construir os volumes, e os tons são forças que precisam encontrar equilíbrio na composição.
Como podemos observar na obra de Cézanne, O amor em gesso, há uma paleta diversificada de matizes que formam o jogo de cores que definem o volume das figuras.
Há também a presença de linhas que delimitam as formas e as pinceladas fortes que determinam o movimento presente na obra.

O amor em gesso (1884/85)
Segundo Cézanne: o olho não é suficiente, é preciso refletir, e baseado nestes conceitos Matisse não se preocupa com a reprodução fiel da imagem, mas na construção da mesma por meio das cores e da composição visual de forma harmônica.
Nesta obra Cézanne brinca com a perspectiva, criando uma profundidade inclinada que encontra a estabilidade no corpo da estátua, para este artista o equilíbrio é um dos principais fundamentos da composição visual.
A geometrização das formas e a presença do preto também são características encontradas nas obras de Matisse, como notamos em O torso de gesso, que assim como na obra de Cézanne, têm como figura principal uma escultura de gesso.

O torso de gesso (1919)
Na composição de Matisse o torso é representado ao lado de um vaso com flores, há geometrização do plano e do fundo, linhas retas que se harmonizam com a envergadura do torso criam um equilíbrio na obra.
Ao fundo podemos observar uma pintura que lembra a estampa de um tecido. Matisse tinha um verdadeiro fascínio pela cultura do Oriente, sentia-se atraído principalmente pelos tecidos, aparato também muito freqüente nas obras de Cézanne.
Nas duas obras, as figuras em gesso apontam para o lado direito, como se apontassem para a figura ao fundo. Nas duas obra há uma imagem ao fundo superior que nos remete à uma figura humana de joelhos, na obra de Cézanne, esta imagem nos lembra uma escultura, enquanto na obra de Matisse vemos claramente que a figura é uma pintura. Ambos artistas eram apaixonados pelo desafio de estruturar a forma, retratar o volume dos corpos, por meio das manchas compostas pela diversidade de matizes e tons.
A música e A dança, são obras importantes desse artista, nelas além de visualizarmos claramente o tema, conseguimos sentir o ritmo e o movimento que o artista propõe.

A música (1939)

A utilização de cores fortes e formas avantajadas são as principais características visuais destas composições.

A dança (1910)

Em La desserte, o vermelho predomina, há uma idéia de tecido que é reforçado pelos arabescos e a repetição dos mesmos, criando o efeito de estampa, nesta obra podemos observar a influência da escola de arte decorativa.

La desserte (1908)

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[1] Pizzo, E. 1969