segunda-feira, 29 de junho de 2009

MICHAel jackSON



Parou de bater pra sempre
Seu coração traiçoeiro
Deixando todos tristes
Quase o mundo inteiro
Foi pra ultima morada
Tão cedo e tão ligeiro.

Era uma quinta feira
Quando isso aconteceu
Todos os fãs choravam
O nosso Michael morreu
O maravilhoso pop star
Tão rico e tão plebeu.

O pobre menino rico
Foi para última morada
Tomara que sua música
Lá, também seja cantada
Que todos os anjos digam
Michael Jackson camarada.

Que a terra do nunca
Ele encontre lá também
Que tenha anjos cantando
Em coro dizendo amém
Que o carreguem nos braços
Num alegre vai e vem.

Michael, esta é minha
Homenagem singela
Quero dizer pra você
Da forma mais bela
Que a morte não existe
È só uma troca de tela.

Cleusa Santo - Poetisa e Atriz

26/06/09
cascordel@yahoo.com.br

quinta-feira, 18 de junho de 2009

UNs falaM DE VIDa

Na arte contemporânea o BELO não é uma das características imprescindíveis para julgarmos a qualidade da obra artística. Há um conjunto de "parâmetros" que devem ser considerados: da pesquisa do tema ao processo artístico - a experiência pessoal (do artista) sinestesicamente compartilhada com o público.
A quebra das barreiras e obstáculos, a experimentação diversificada de materiais e matérias, a pesquisa e a vivência permitem que o diálogo do artista com o público possam se aproximar de referenciais semelhantes, criando uma aproximação extraordinária das realidades, tornando viva a obra (seja esta matéria ou ação) e a vida.

Considerando a corrente que questiona 'quem é artista' e 'o que o torna artista', principalmente diante de algumas obras (como a citada na postagem posterior), tomamos a liberdade de ampliar este universo artístico, tranformando-o em ações que expressam e criam oportunidades de reflexões, inquietações e questionamentos, e o principal, pessoas que muito além da matéria promovem a vida, não falando da morte, mas valorizando e conscientizando a própria vida.


Marly Rodrigues e Marli são pessoas sensíveis, atuam como muitos artistas - por amor à causa, mesmo sem incentivos financeiros.

Sua arte é cuidar de cachorros de rua, zelar por sua saúde e muitas vezes na recuperação de doenças junto à especialistas, além de articularem junto a uma grande rede, novos lares para cada animalzinho com campanhas de adoção.

Os cachorros são levados para casa, onde são tratados e se habituam a conviver domesticamente. Após o período de recuperação (incluindo a vermifugação, vacinação e em alguns casos o castramento) começa a fase mais difícil, a de conscientização e sensibilização de famílias e a avaliação das mesmas para uma possível adoção responsável.

Se observarmos o processo que Habacuc utilizou na polêmica instalação e compararmos com o trabalho de pessoas como as 'Marli's' engajadas nesta imensa 'corrente' atuando pela mesma causa, a luta contra a hipocrisia das pessoas que não querem ver a realidade de muitos animais de rua, ou ainda, o sofrimento do próprio ser humano, podemos observar que ambos sensibilizam pessoas, um em sua arte valorizando a morte e o outro com um conjunto de ações que promovem a vida.

Cabe-nos saber nosso papel social diante dessas ações aqui descritas e de várias outras que se diversificam em suas temáticas.

Vale escolhermos e julgarmos o caminho que percorremos enquanto artistas/pessoas, se queremos valorizar a morte ou vida e qual destas ações podem contribuir com o modo de transmitir nossa mensagem, de forma que estas sejam claras e acessíveis a todos os públicos independente de sua cultura.

Alguns dos cachorros que estão com Marly Rodrigues aguardam pessoas sensíveis e conscientes para adoção.





Se você se interessou por alguns destes cachorros, querem conhecer outros cães disponíveis para adoção ou mais informações sobre este trabalho formidável, encaminhe um e-mail para:

marly_mr@ig.com.br

marlimor@uol.com.br

terça-feira, 16 de junho de 2009

OUTros falam de MORTE

Guillermo Vargas Habacuc - artista contemporâneo, um dos nomes mais comentados nos últimos anos por sua obra intitulada "Exposición nº 1".
O artista foi um dos participantes da Bienal da América Central na galeria de Honduras em 2007 e conquistou sua 'fama' internacional com uma instalação no qual aprisionou um cachorro de rua que supostamente morreu de fome e sede à vista do público.


A instalação foi inspirada na morte de um imigrante nicaragüense, Natividad Canda Mayrena de 24 anos, que foi devorado há cerca de três anos por dois cães rottweilers de uma oficina de Cartago - Costa Rica, o evento foi filmado por câmeras de TV, e segundo policiais que estavam no local não poderiam intervir atirando contra os cães porque a vítima seria atingida.

A "Exposición nº 1" possuia alguns elementos que remetiam à morte do imigrante como a gravação do hino sandinista - hino do movimento político nicaragüense tocado em ordem inversa, havia também um recipiente onde se queimaram pedras de crack e maconha, um cachorro que ganhou o nome de Natividad preso a um fio, na parede havia comida para cachorro formavam a frase "Você é o que você lê" e a representação dos vários tipos de mídia.

Em entrevista ao site G1 o artista questionado sobre os limites da arte responde com outra pergunta: "Você acredita que a exploração, a xenofobia, o ódio aos pobres e, em geral, as relações com o poder são produto da arte?" e ainda comenta: "são delirantes, reflexo de um mal-estar que tem raízes no dia-a-dia das pessoas e que se pretende fazer passar por solidariedade com os demais seres; se eu estivesse errado, não haveria tantos seres humanos e animais na indigência".
Não demorou muito para órgãos de proteção aos animais e pessoas afins se manifestarem contra ação do artista, muitas petições e abaixos assinados contra a exposição foram lançados na internet principalmente após a suposta morte do cachorro.


O artista declarou à imprensa "Natividad morreu, os meios foram cúmplices", mas não quis especificar a qual Natividad se referia.
Ninguém viu o cachorro após o terceiro dia de confinamento, não se sabe ao certo se o mesmo morreu ou foi retirado da galeria.
Juanita Bermudez representante da Galeria Códice disse em entrevista ao mesmo site: "O cão permaneceu no local por três dias, a partir das cinco da tarde da quarta-feira, 15 de agosto [de 2007]. Esteve solto o tempo inteiro no pátio interior, exceto pelas três horas que durou a mostra, e foi alimentado com comida canina que o próprio Habacuc trouxe. Surpreendentemente, ao amanhecer da sexta-feira, 17, o cão escapou passando pelas vergas de ferro da entrada principal do imóvel, enquanto o vigilante noturno que acabava de alimentá-lo limpava a calçada exterior do local".
Somos livres, enquanto artistas, para brincarmos com a vida? O que é real afinal?
Segue abaixo alguns links, a entrevista do artista à uma rádio e algumas notícias sobre este tema.
Também circula pela internet uma petição para boicote na participação do artista em exposições atuais.

terça-feira, 2 de junho de 2009

DEVaneios - RAINHas do ráDIO

Em homenagem ao centenário da Pequena Notável, há uma forte corrente 'buscando reviver' os grandes tempos áureos.
Período de pesquisa sobre a trajetória das cantoras do rádio.
Vozes e interpretações que influenciam a nova geração.
Neste ano a temática está em alta, muitos serviços e eventos "vestem" esta roupagem como 'memories' para os velhos e 'inspiration' para os jovens.
Um convite de ilustração, remete-nos ao desafio.
Trabalhar o tema como se este fosse algo que nos faz reviver momentos saudosistas.
Alguns destes devaneios em desenho (dermatográfico s/ papel) e arte gráfica.